Queda de preços de alimentos e energia impulsiona deflação de 0,02% em agosto.
Foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023. Para a CUT o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia ser ainda menor se a Selic não estivesse em patamares astronômicos.
Publicado: 10 Setembro, 2024 – 12h46
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Luiz R Cabral
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou deflação de 0,02%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o primeiro resultado negativo desde junho de 2023, quando o índice recuou 0,08%.
No acumulado do ano, a inflação está em 2,85%, e, em 12 meses, em 4,24%. Um resultado que veio abaixo das expectativas do mercado, que previa uma leve alta de 0,01%.
O recuo foi impulsionado pela queda nos preços da energia elétrica residencial e das bebidas e alimentos (-0,44%). Se o preço da alimentação dentro de casa caiu, fora dela ele subiu 0,33%.
No grupo Transportes, houve estabilidade (0,0%), com oscilações divergentes nos principais subitens. Combustíveis como o gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) registraram alta, enquanto o etanol recuou 0,18%. As passagens aéreas caíram 4,93%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para famílias com menor renda, recuou 0,14% em agosto, após alta de 0,26% em julho. O índice acumula alta de 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses. Os alimentos caíram 0,63%, enquanto os itens não alimentícios desaceleraram de 0,65% para 0,02%.
Regionalmente, Vitória teve a maior alta (0,13%), puxada pela alta nas taxas de água e esgoto (4,04%), enquanto São Luís registrou a maior queda (-0,58%), devido à redução nos preços do tomate (-23,78%) e da energia elétrica (-4,50%).
CUT contra os juros altos
Esses números mostram que a atual política econômica do governo federal está na rota certa para a retomada do desenvolvimento do país. Mas o resultados poderiam ser ainda melhor se a taxa da Selic, determinada pelo presidente do Banco Central, o neoliberal Roberto Campos Neto, não estivesse tão alta (10,5%). Com a taxa de juros alto empresas não investem em tecnologias e não contratam e, por consequência, não gera consumo. Criando, com isso, uma roda viciosa que trava o progresso do Brasil.
A CUT, este ano fez do movimento contra o juros altos a sua principal campanha. A entidade organizou, junto com outras centrais sindicais, protestos nas portas da sede do Banco Central espalhadas pelo Brasil.
Fonte: https://www.cut.org.br/
Link da notícia: