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Brasil cria 137 mil empregos com carteira assinada em janeiro de 2025.

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, fala em otimismo ao longo do ano, mas adverte que juros do Banco Central têm que baixar para a criação de mais empregos

Publicado: 26 Fevereiro, 2025 - 14h15 | Última modificação: 26 Fevereiro, 2025 - 15h24 - Escrito por: Redação CUT | Editado por: André Acarinni.

Em janeiro deste ano, o Brasil teve um saldo positivo de 137.303 novos postos de trabalho com carteira assinada. No total foram 2,27 milhões de admissões e 2,13 milhões desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ainda que em relação ao mesmo mês do ano passado, o número seja 20,7% menor, os dados do Caged mostram um resultado positivo e que o país voltou a contratar mais do que demitir. No mesmo mês do ano passado, o país havia criado 173,2 mil vagas formais de trabalho.

Na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já havia sido adiantado o resultado e antecipado que o Brasil estava criando “mais de 100 mil postos formais em janeiro”.

“Começando o ano gerando empregos de qualidade e vamos repetir no ano inteiro”, disse Marinho à imprensa.

Entre as 27 unidades da federação, 17 estados registraram saldo positivo em janeiro, com destaque para São Paulo (36 mil), Rio Grande do Sul (26 mil) e Santa Catarina (23 mil).

Juros altos

A criação de novas vagas em janeiro, no entanto, não reverte a perda de postos formais em dezembro de 2024. Para Marinho, a queda no número de criação de empregos formais, na comparação com janeiro do ano passado, está relacionada com o processo de alta dos juros, conduzido pelo Banco Central, instituição é responsável pelo controle da inflação no país.

Hoje, a taxa básica de juros Selic se mantém em patamar alto, em 13,25% ao ano. O BC já indicou que deverá elevar a taxa novamente, em março. A projeção é de 14,25% ao ano.

Segundo o ministro, é uma “imbecilidade” subir os juros para tentar frear a pressão inflacionária e, desta forma, conter o crescimento da economia brasileira.

Salários

A remuneração média de admissão aumenta em janeiro. Os números do Ministério do Trabalho indicam que os trabalhadores contratados formalmente no mês passado recebem, em média, R$ 2.251,33. O valor é R$ 89.02 (-4,12%) maior em comparação com dezembro do ano passado.

Indústria geral oferece os maiores salários no Brasil. A remuneração de R$ 2.341,89 do segmento, no entanto, foi a única que recuou em janeiro. Na sequência, aparecem a construção (R$ 2.381,44) e os serviços (R$ 2.337,88). O único salário médio abaixo de R$ 2.000 aparece nos ramos de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.977,68).

O que é o Caged

O indicador mede o andamento do mercado formal de trabalho. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.

 

Fonte: https://www.cut.org.br/

Link da notícia:

https://www.cut.org.br/noticias/brasil-cria-137-mil-empregos-com-carteira-assinada-em-janeiro-de-2025-b691